Por DIEGO MÜLLER

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Armaduras...


Armaduras...       (Diego Müller)


Eu vesti minhas armaduras
Pra não receber teus risos...
...Tenho só as lembranças tantas:
Nada mais do que eu preciso...
– Por fora o bronze (das dores)
Que está envolto às fraquezas,
Que um dia pintaram cheias
Como a forçar correntezas!

Eu vesti minhas armaduras
Ante a vida que era a minha...
...Dor que eu tive, decidido,
Mesmo pr´uma alma sozinha...
– Por dentro a ferida (aberta)
Que não fecha aos sentimentos...
Mas debaixo à carapaça
É só meu o entendimento!

Eu vesti minhas armaduras
Fronte a um ciclo de ida e volta...
...Sonho errante, que te segue,
Quando das razões se solta...
– O tudo que achei (no nada),
Já que não mudei teu mundo...
...Alma rija – pedra e ferro –
Sobre um penar tão profundo!

Eu vesti minhas armaduras...
E não funcionou o encargo...
...Nem reparou pelo escuro
Que exteriorizado eu trago...
– Tomou um rumo (contrário)
Ao que cena tinha pra dar:
Nem tentou ver quanto é frágil
O que era só pra ultrapassar!!!

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(Vinicius de Moraes)

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Tudo o que somos é resultado do que pensamos!” 
 Buda

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