Por DIEGO MÜLLER

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O rio que eu era...

...morreu!



O RIO QUE EU ERA... MORREU! 
(L: Diego Müller & João Sampaio / M: Marco Aurélio Vasconcellos) 

Fui o rio de pedras e espumas 
Levando canções sinuelas 
Com céus e sóis dentro d’água 
Lumes de luas e estrelas! 

Fui rio de murmúrios suaves 
Em direção a algum mar 
Guardando o canto das aves 
E um afluente no olhar... 

Fui rio que tinha nas veias 
A água e o sol da poesia 
Sol e lua, estrela e chuva 
Que dentro de mim corria! 

Fui cosmos de peixe e pão 
Chalana, remanso e ponte 
Sem bandeira, sem fronteira 
Ébrio de luz e horizonte! 

Fecundei cantos balseiros 
Na foz que um dia secou 
E inundei sonhos costeiros 
Do rio que foi meu avô! 

De tantos prantos que eu tive 
Ficou só um, que sou eu 
Ninguém me ajudou na vida 
E o rio que eu era... Morreu!... 
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(Marco Aurélio Vasconcellos na Califórnia)


(Rio Uruguai)

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( Carlos Muntefusco )

 "Se voce acha a cultura cara, tente passar uma semana com a ignorância!"
(Ditado americano)

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