Por DIEGO MÜLLER

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Florcita...



Florcita de Manzanilla...

Yo tuve un día un amor, 
De esos que no se olvida, 
Algo así como una flor 
En el huerto de mi vida... 

Pero, al fin, se marchitó 
Esa flor en mi camino, 
Y me quedé sin color, 
Igual que un ave sin trino... 

Ahora sigo mi rumbo 
Buscando lo que perdí... 
La que aromaba mi mundo 
Ya ni se acuerda de mí... 

Florcita de Manzanilla, 
Yuyito del corazón... 
Aunque mi alma está herida, 
Aún te llevo en mi voz... 

Florcita de manzanilla, 
Yuyito del corazón... 
Siempre estarás en mi vida 
Como un recuerdo de sol... 

Yo tuve un día un amor, 
Tuve un hogar... ¡un ranchito! 
Pequeño para los dos, 
Pero, tal vez, infinito... 

Después se volvió tapera, 
Una más en el recuerdo... 
Un cuadro de primavera 
En una pared de invierno... 

Y aunque no vuelvas nunca, 
Y no seas más que un recuerdo, 
Tu nombre en mi vida alumbra 
Como mil soles de enero... 

(Diego Müller/Martim César)



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ANJINHO DE ASAS PODRES: 
O CARDEAL

A parcela do povo que tem um pouco de memoria e miolo, estranhou a forma como o cardeal Eugenio Sales foi retratado no velório pelas autoridades. Ele foi apresentado como um combatente contra a ditadura, que abriu os portões da residência episcopal para abrigar os perseguidos políticos. O prefeito Eduardo Paes, em campanha eleitoral, declarou que o cardeal "defendeu a liberdade e os direitos individuais". O governador Sérgio Cabral e até o presidente do Senado, José Sarney, insistiram no mesmo tema, apresentando dom Eugênio como o campeão "do respeito às pessoas e aos direitos humanos". 

Não foram só os políticos. O jornalista e acadêmico Luiz Paulo Horta escreveu que dom Eugênio chegou a abrigar no Rio "uma quantidade enorme de asilados políticos", calculada, por baixo, numa estimativa do Globo, em "mais de quatro mil pessoas perseguidas por regimes militares da América do Sul". Outro jornalista, José Casado, elevou o número para cinco mil. Ou seja, o cardeal era um agente duplo. Publicamente, apoiava a ditadura e, por baixo dos panos, na clandestinidade, ajudava quem lutava contra. Só faltou arranjarem um codinome para ele, denominado pelo papa Bento XVI como "o intrépido pastor". 

Seria possível acreditar nisso, se o jornal tivesse entrevistado um por cento das vítimas. Bastaria 50 perseguidos nos contarem como o cardeal com eles se solidarizou. No entanto, o jornal não dá o nome de uma só - umazinha - dessas cinco mil pessoas. Enquanto isto não acontecer, preferimos ficar com o corajoso depoimento de Hildegard Angel, cujo irmão Stuart, foi torturado e morto pelo Serviço de Inteligência da Aeronáutica. Sua mãe, a estilista Zuzu Angel, procurou o cardeal e bateu com a cara na porta do palácio episcopal. 

Segundo Hilde, dom Eugênio "fechou os olhos às maldades cometidas durante a ditadura, fechando seus ouvidos e os portões do Sumaré aos familiares dos jovens ditos "subversivos" que lá iam levar suas súplicas, como fez com minha mãe Zuzu Angel (e isso está documentado)". Ela acha surpreendente que os jornais queiram nos fazer acreditar "que ocorreu justo o contrário!".

Raul Elwanger - Gazeta dos tolos


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"La vida no tiene reglas, el precio es que está arreglado, nosotros lo hemos pagado con plata y con soledad... Mañana por la ventana nos borrará el amanecer, como si no fuera volver yo me iré como toda última vez!"
(Martím César)


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