Por DIEGO MÜLLER

terça-feira, 31 de maio de 2011

Antônio Soares de Oliveira...



...Tio Bilia!


Antônio Soares de Oliveira, o Tio Bilia 
foi um compositor e gaiteiro brasileiro.

Nasceu em Serra de Cima, no município de Santo Ângelo (RS). Desde menino teve a vocação pela música, autodidata, consagrou-se como um dos melhores intérpretes da musica regionalista criola. Sua 8 baixos traduzia o estilo guapo da região missioneira.

Começou a tocar aos 10 anos, no interior do atual município de Entre-Ijuís. Aprendeu a dedilhar o instrumento sozinho, ouvindo outros gaiteiros. Apesar de ter se tornado famoso só na década de 1950, Tio Bilia já animava os bailes do interior há muito tempo, pois tocava em bailes desde os quatorze anos de idade.

Teve como incentivadores o Major Maximiano Bogo e Oneide Bertussi. Gravou seu primeiro LP, o "Baile Gaúcho", com Virgilio Pinheiro e seu conjunto. Foi um marco de autenticidade musical do legítimo baile tradicional gaúcho, com melodias criolas, conservadas pelos próprios executantes, característica que preservou em toda a sua obra.


Até os 85 anos, quando morreu, gravou 111 músicas. Gravou seu primeiro LP, o Baile Gaúcho, com Virgilio Pinheiro e seu conjunto.

Foi um autodidata. É bastante reverenciado nas Região das Missões. No bairro Pippi, em Santo Ângelo, uma escultura de três metros de altura foi erguida em sua homenagem.


(Tito Callegaro - Canoas/RS - e Alejandro Brittes - Argentina - 
tocando Tio Bilia)

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Cordeona 
(Jayme Caetano Braun) 

De onde me vem, 
Cordeona, o formigueiro 
Que sinto na alma, 
Ao te escutar floreando? 

E essa vontade 
De morrer peleando... 
Será que um dia 
Eu já não fui gaiteiro? 

De onde me vem 
Esse tropel no pulso, 
E esse calor de fogo 
Que incendeia? 

Por que será 
Que fico assim, convulso, 
E só de ouvir-te 
O sangue corcoveia??? 

É o atavismo, eu sei, 
– Cordeona amiga – 
Sem que tu digas, 
Sem que ninguém diga... 
Parceira guasca 
Que nos apaixonas! 

E se mil vidas 
Deus me desse, um dia, 
Uma por uma 
Delas, eu daria, 
P´ra ter mil funerais 
De mil cordeonas!

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Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha algo a aprender. 

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