...o Patrono dos Trovadores Gaúchos!
Leovegildo José de Freitas, Gildo de Freitas (Alegrete, 19 de Junho de 1919 - Porto Alegre, 4 de Dezembro de 1982) foi um cantor, trovador, músico e compositor do Rio Grande do Sul. Seu estilo foi muito parecido com o do Teixeirinha, de quem foi rival e por quem era muito respeitado. Filho de Vergílio José de Freitas e Georgínia de Freitas, teve muitas profissões, sendo a de cantador que veio imortalizá-lo. Em 1931, Gildo de Freitas fugiu de casa pela primeira vez, aos 12 anos de idade. Em 1937 é tido como desertor, por não ter se apresentado à convocação militar. Envolveu-se na primeira briga séria, onde morreu um jovem amigo, e foi preso pela primeira vez, passando a nutrir um sentimento de ódio pela polícia. Em 1941, casou-se com Dona Carminha, passando a ter morada fixa no bairro de Niterói, em Canoas, Grande Porto Alegre. E os contratempos com a polícia continuaram. Em 1944 nasceu o seu primeiro filho, após a perda de dois. Gildo, nessa época, começou a viajar e a ser reconhecido como trovador. Em 1949 o trovador, já com fama em todo o Estado do Rio Grande do Sul, desapareceu de casa, reaparecendo na fronteira gaúcha. Em longa temporada passada no Alegrete, o cantor mal conseguia caminhar, em decorrência de uma paralisia nas pernas. Entre 1950 e 1951, conheceu Getúlio Vargas, em São Borja, entrando na sua campanha política. As perseguições policiais cessaram. Realizou, então, a sua primeira viagem ao Rio de Janeiro. Nos idos de 1953 e 1954 começou a ficar famoso como trovador nos programas de rádio ao vivo, em Porto Alegre , voltando a viver com a família no bairro Passo d`Areia. Em 1955, encontrou-se com Teixeirinha, passando a se identificar muito com ele. Começou a realizar muitas viagens, mudando-se para o bairro Passo do Feijó e abrindo o seu primeiro bolicho. Ente 1956 e 1960 foi a maior atração do programa Grande Rodeio Coringa, que ia ao ar aos domingos à noite. Passou, então, a viajar mais com Teixeirinha. E a partir de 1961, com o declínio dos programas de rádio ao vivo e o início da televisão, Gildo resolveu abandonar a carreira de cantor e se propôs a criar porcos. Em 1963, viajou a São Paulo para gravar o seu primeiro disco. Em 1964 é lançado o seu primeiro LP, mas, em meados do ano, é convidado a prestar depoimento sobre as suas ligações com o Trabalhismo. Em 1965 iniciou a sua célebre disputa com Teixeirinha, por meio dos discos.
Convidado por Jango para viver no Uruguai, Gildo não aceitou. Entre 1970 e 1977, foi várias vezes internado em hospitais. No entanto, obteve sucesso popular nas gravações e realizou muitas viagens. Nesse período, a sua disputa com Teixeirinha chegou ao seu ponto máximo. Mudou-se, então, para Viamão e, em 1978, inaugurou naquela cidade a Churrascaria Gildo de Freitas, dando início aos bailões. Em 1982 gravou o seu último disco, pela mesma gravadora dos seus trabalhos musicais anteriores: a Continental. Em 1982 deu-se a sua última internação em hospital e as suas últimas aparições públicas em programas de TV. Moreu aos 4 de dezembro daquele mesmo ano. A Lei Estadual/RS Nr. 8.819/89 tornou a data de falecimento de Gildo de Freitas o Dia do Poeta Repentista Gaúcho . (Fonte: Fonseca , Juarez (1985). Gildo de Freitas : Coleção Esses Gaúchos . Porto Alegre: Editora Tchê; e Wikipédia, a enciclopédia livre:
(Com Leonel Brizola)
Cronologia
1919 - Nasce em Porto Alegre, no bairro Passo D'Areia.
1931 - Gildo foge de casa pela primeira vez, aos 12 anos.
1937 - É tido como desertor, por não ter se apresentado à convocação militar. Envolve-se na primeira briga séria, onde morre um jovem amigo. Primeira prisão. Cria ódio da polícia.
1941 - Casamento com dona Carminha. Passa a ter morada fixa no bairro de Niterói, em Canoas, grande Porto Alegre. Continuam os contratempos com a polícia.
1944 - Nasce o primeiro filho depois de dois perdidos. Gildo começa a viajar bastante e a ser reconhecido como trovador. A polícia mantém-se em cima.
1949 - Trovador com fama ascendente em todo o Rio Grande do Sul, desaparece de casa e reaparece na fronteira gaúcha. Em longa temporada passada no Alegrete, mal consegue caminhar, com problema de paralisia nas pernas.
1950/51 - Em São Borja, conhece Getúlio Vargas e entra em sua campanha política. Param as perseguições policiais. Primeira viagem ao Rio de Janeiro.
1953/54 - Faz fama como trovador nos programas de rádio ao vivo em Porto Alegre. Volta à viver no bairro Passo d'Areia com a família.
1955 - Encontro e identificação como Teixeirinha. Muitas viagens. Mudança para o bairro Passo do Feijó e abertura do primeiro bolicho.
1956/60 - Torna-se a maior atração do programa Grande Rodeio Coringa, nos domingos à noite. Mais viagens com Teixeirinha.
1961/62 - Declínio dos programas de rádio ao vivo, televisão começando. Gildo resolve largar de mão a "cantoria" e inventa de criar porcos.
1963 - Viagem a São Paulo para gravar o primeiro disco.
1964 - É lançado o primeiro LP. Em meados do ano é "convidado" a prestar depoimento sobre suas ligações com o trabalhismo.
1965 - Início da célebre disputa com Teixeirinha através dos discos. Jango o convida para viver no Uruguai e ele não aceita.
1970/77 - Várias internações em hospitais, sucesso popular das gravações, muitas viagens. A "briga" com Teixeirinha chega ao auge. Mudança para Viamão.
1978 - Inaugura em Viamão a Churrascaria Gildo de Freitas e dá início aos bailões.
1982 - Grava o último disco, para a mesma gravadora dos outros todos, a Continental.
1982 - Última internação em hospital, últimas aparições públicas em programas de televisão. Morte em 4 de dezembro.
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(Entre los juncales - Francisco Madero Marenco - Argentina)
"A vida é mais simples do que a gente pensa; basta aceitar o impossível, dispensar o indispensável e suportar o intolerável."
(Kathleen Norris)
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