(Francisco Madero Marenco)
Armada...
(Alex Cabral/Diego Müller/Rafael
Ferreira)
Se a vida é feita em rodilhas
E empurra a força de braço
Meu
ideal é a armada
E o rumo o tirão do laço...
Carrego um jeito de couro
Trançado – de costilhar –
Rondando a volta que trago,
Sossego ao enrodilhar!...
Mas trago as asas prum vôo
Depois que a força me alcança,
Teimando contrário ao vento
Num tiro de toda trança!
Nasci num mundo de campo,
Em meio a pealos e tombos...
Sempre bebi dos serenos
Quando arrastei o meu lombo!...
Judiei da mão desatenta,
Causando injúrias de dor...
Mas me esteiei na presilha
Forjando o bom cinchador!
Pois se me enxergam por manso,
Costeio a ânsia dos touros...
E a fina trança é mais forte,
Que a outra ponta do estouro...
Sempre andarei preso nos tentos,
Dos que me tem por confiança...
– Que o laço busca mais longe
O que a mão nunca alcança!
Meu jeito vem lá de antanho,
Que a história traz empunhada,
Boleando sobre o sombreiro
Na precisão duma armada!...
Sou como a vida em rodilhas...
Sou como o rumo do braço...
Sou a própria alma do couro...
– Sou mais que a força... sou laço!!!
(Diego Müller, Cesar Oliveira, Nielses Santos, Alex Cabral,
Diego Caminha, Rogério Melo e Marcello Caminha)
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Começa
hoje, mais uma Ronda de São Pedro, lá o CTG Boi Tatá, no bairro do Passo em São
Borja, quase na Barranca do Uruguai e estaremos lá com um tema meu, em parceria
com Rodrigo Bauer e o mestre Mário Barbará, sendo interpretada por outro
mestre, Marco Aurélio Vasconcelos...
O GAUCHO
EM QUATRO ELEMENTOS
Logo mais
postareis alguns links de Rádios que venham a transmitir.
Fiquem no
aguardo!
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“Revejo tipos como ESTE, os quais alias, cresci vendo
lá no interior do Alegrete... tenho uma vontade louca de presentear pra esta
TURMA DE ARTISTAS do palco de hoje, que mais se fantasiam de "cabanheiros
do Prata" que de gauchos do RS.
Quanto ao "pesco prá o grumatã" e os "
botes no tirador"
...sem comentarios.
Arte nao se explica!
Grande Abraço!”
Do poeta Gilberto
Carvalho
O campo
não é assim
(Diego
Müller/Sérgio Sodré)
Se foi
meus “butiá” dos “bolso”!... me expliquem o que “que” há!...
– Irão
chorar mis abuelos? – O que dirão meus
piás?
Andam
tantos nos rodeios, mas não o fazem campo a fora?
– Andam de
laço chumbado e montando sem espora!
Passam
dias pelas pistas treinando pra ter destreza...
– Queria
ver esta lida se fosse por pão na mesa!...
Rédeas
feias de "matéria, vão cansando os “animal”...
E as
pilchas seguindo as normas dos livros da capital!
Não julgo
a vida dos outros, nem comento por malino...
– Não
condeno os de bombacha atrás de algum boi salino!...
Só quero
que meu guri aprenda um outro destino:
Onde o
serviço é mais duro do que “capturar bovino”!!!
O meu
tempo é o dos antigos, pois um antigo é que eu sou...
Busco
hoje, sem encontrar, as lições que o meu pai deixou!...
– Não era
moda o meu tempo, olho e penso num futuro
Se
divertindo nas custas do que foi trabalho duro!
Só uma
espora indicando o lado do boi abrir!...
–
Carteirinha pra laçar? ...Isso é coisa pra eu rir!...
Cena
triste esta que vejo duma vaca de metal,
Puxada
sobre uma pista sem rodeio... sem chircal!
Que o
rodeio que eu conheço tem saleiro e paradouro...
E o laço
só sai dos tentos pra cinchar um brasino touro...
...Não tem
bandeira ou jurado – quem me julga é o fim do mês!...
...E não
mudo as coisas sagradas dessa pátria que me fez!!!
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"O
tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo."
( Mário Quintana )
( Mário Quintana )