Nasceu em Serra de Cima, no município de Santo Ângelo (RS). Desde menino teve a vocação pela música, autodidata, consagrou-se como um dos melhores intérpretes da musica regionalista criola. Sua 8 baixos traduzia o estilo guapo da região missioneira.
Começou a tocar aos 10 anos, no interior do atual município de Entre-Ijuís. Aprendeu a dedilhar o instrumento sozinho, ouvindo outros gaiteiros. Apesar de ter se tornado famoso só na década de 1950, Tio Bilia já animava os bailes do interior há muito tempo, pois tocava em bailes desde os quatorze anos de idade.
Teve como incentivadores o Major Maximiano Bogo e Oneide Bertussi. Gravou seu primeiro LP, o "Baile Gaúcho", com Virgilio Pinheiro e seu conjunto. Foi um marco de autenticidade musical do legítimo baile tradicional gaúcho, com melodias criolas, conservadas pelos próprios executantes, característica que preservou em toda a sua obra.
Até os 85 anos, quando morreu, gravou 111 músicas. Gravou seu primeiro LP, o Baile Gaúcho, com Virgilio Pinheiro e seu conjunto.
Foi um autodidata. É bastante reverenciado nas Região das Missões. No bairro Pippi, em Santo Ângelo, uma escultura de três metros de altura foi erguida em sua homenagem.
(Tito Callegaro - Canoas/RS - e Alejandro Brittes - Argentina -
tocando Tio Bilia)
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Cordeona
(Jayme Caetano Braun)
De onde me vem,
Cordeona, o formigueiro
Que sinto na alma,
Ao te escutar floreando?
E essa vontade
De morrer peleando...
Será que um dia
Eu já não fui gaiteiro?
De onde me vem
Esse tropel no pulso,
E esse calor de fogo
Que incendeia?
Por que será
Que fico assim, convulso,
E só de ouvir-te
O sangue corcoveia???
É o atavismo, eu sei,
– Cordeona amiga –
Sem que tu digas,
Sem que ninguém diga...
Parceira guasca
Que nos apaixonas!
E se mil vidas
Deus me desse, um dia,
Uma por uma
Delas, eu daria,
P´ra ter mil funerais
De mil cordeonas!
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Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha algo a aprender.
...El artista plástico que aborda la temática criolla se expone a una doble critica ya que la mayor parte de quienes la contemplan son tradicionalistas sabedores que, además de fijar su atención en la composición, el color, la perspectiva... Observan con espíritu, en ocasiones no generoso, detalles tales como pelajes, integración de los aperos, modo como se ha puesto una manea, posición de los remos delanteros y traseros en los distintos andares, ubicación con respecto al vacuno o yeguarizo, de quien aplica la marca, forma en que se halla colocado el chiripa, etc.
Pero Francisco Madero Marenco, nuestro joven amigo “Pancho”, conoce muy bien arte y costumbres camperas y tanto el pincel como la guitarra y el lazo, primero por haberlo visto desde niño en las obras de su abuelo, nuestro recordado Eleodoro Marenco, de quien es un ferviente admirador – admiración que comparto-, y luego por vivirlo personalmente ya que reside y trabaja en campos de su familia.
De esta su segunda exposición – si bien no he visto sus nuevas obras al momento de escribir estas líneas- no dudo de su calidad y autenticidad y ya estoy gozando de ellas por anticipado.
Tendremos oportunidad de apreciar su maduración y su perfeccionamiento, tanto desde el punto de vista técnico y artístico como desde el costumbrista ya que asistiremos a una exposición de obras de una promesa, ya cumplida, de la plástica de temática criolla, abordada con calidad y pasión por nuestro hombre de a caballo a través de sus distintas actividades rurales.
Muestras Individuales:
2005 Espacio Ag
2004 100 Años Automovil Club Argentino, filial Necochea.
2004 Galeria Espacio Ag, Capital.
2002 Instituto de la tradición, “Martin Fierro”, Rosario.
2002 60 años Fortin Pergamino.
2002 31 Fiesta Provincial del Caballo, Bragado.
2001 Galería de Arte Sara Garcia Uriburu, Capital.
1999 28 Fiesta Provincial del Caballo, Bragado.
Muestras Colectivas:
1998 Sociedad Rural de Tapalqué.
1998 Fiesta del Gaucho de General Madariaga.
1999 Fiesta de la Tradición en Lobos, junto con muestra de recados antiguos de la Fundación Ferrari.
1999 Muestra de la Tradición en Bahía Blanca, con Fundación Ferrari.
(Martim Fierro: Diego Muller, Quarteto Coração de potro, Ramiro Amorim e Gicela Mendez Ribeiro)
Dias 3 e 4 de junho estaremos presente no festival TROPILHA CRIOULA DA MÚSICA GAÚCHA, onde estrearemos junto com sua primeira edição, com o tema TIERRA ANTIGUA, um chamamé com temática folclórica correntina, em parcerias com os amigos Raineri Sporh e Otávio Severo, sendo interpretado por Danieli Rosa e Julio Froz.
* Tierra antigua - Chamamé
L: Diego Müller / M: Raineri Spork e Otávio Severo
I: Julio Froz e Danieli Rosa
Já nas datas de 10 a 12 de junho o festival será em BUTIÁ, na COXILHA NEGRA, que retorna à ativa. Levaremos para o seu palco o tema do folclore Uruguaio (um candombe), COMO UN TAMBOR CANDOMBERO. O tema é em parceria com os grande amigos MARTIM CESAR e ROBLEDO MARTINS, levando a cultura carnavalesca Uruguaia aos palcos gaúchos, com maestria.
* Como un tambor candombero - Candombe
L: Diego Müller e Martím César / M: Robledo Martins
I: Shana Müller
E para encerrar o mês, de 17 a 19 de junho o festival é em SÃO JERONIMO, na primeira edição (também) do VOZES DO JACUÍ, onde dessa vez serei jurado, juntamente com os amigos e parceiros ANTÔNIO GRINGO, CHICO LUIZ, LEONARDO PAIM e DUDU LOPEZ. Esperamos todos lá para confraterizar nesse grande evento, inédito em São Jerônimo.
Abraços a todos, e consumam o Blog!!!!!!!!!!
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"Que haverá com a lua, que sempre que a gente a olha é com o súbito espanto da primeira vez?"
(L: Diego Müller & João Sampaio / M: Robledo Martins)
Alma antiga missioneira
Num corpo añe de madeira
Duetando co’a voz do vento...
É a selva que foi talhada
Por mão índia trabalhada
Pra ser alma e sentimento!
Voz de Tupã nas retinas
Onde o arco se ilumina
Com um timbre aváñe’é...
O sonido missionero
De um violino musiquero
Preludiando um chamamé!!!
Foram os anjos jesuítas
Da minha raça bendita
Que plantaram coisas bonitas
Nesse instrumento divino...
Rangidos de cachapé
Pios de marreca irerê
Vivem junto com chamamés
No interior deste violino!!!
Rabeca que toca o avá
Com verdulera e m’baracá
Da selva que já foi minha...
Em prelúdios celestiais
Ouço a voz dos ancestrais
Quando a alma está sozinha!
Tua magia emociona
Com guitarrón e cordeona
E um sapukay missioneiro...
Minha alma paysana e macha
Só com teu som se emborracha,
Violino chamamecero!!!
Luego del proceso de mestizaje la forma musical que se determina (con la guitarra española, el violín, luego el acordeón y mas tarde el bandoneón) se produce el fenómeno de caracter creativo que generaran ritmos que identificaran y promovieran un estilo y una modalidad coreográfica inédita (que aún perduran en la actualidad de manera masiva en todo el país) además de la manera de cantar y de ejecutar los instrumentos musicales: el chamamé!
El violin, así, fue popular desde principios de siglo. Samuel Aguayo lo incorporó a su orquesta chamamecera en 1930!
(Guyanuba da canção nativa - 2008)
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( Carlos Galicci )
"Não é importante ser gaúcho! É um previlégio ser gaúcho!"
Comemora-se, historicamente, que a colonização portuguesa-açoriana teve o seu inicio, no Rio Grande do Sul, em 1752.
Do “forte” Jesus, Maria e José (hoje a importante cidade de Rio Grande) estendeu-se pela estreita faixa entre a Lagoa dos Patos e a orla oceânica do Atlântico, chegando ao Porto dos Dorneles, mais tarde Porto dos Casaes e finalmente nossa bela Porto Alegre.
(Terno de reis)
Seguindo os cinco rios que formam o estuário do Guaíba, dedicaram-se esses colonizadores, a agricultura e estabeleceram-se os “ilhéus” (assim chamados por virem do Arquipélago dos Açores), os primeiros núcleos dos “Casaes-de-número”, elementos basilares da primitiva sociedade Rio-Grandense.
(Folia do divino)
De modestos recursos financeiros, nos deixaram, oriundos de uma cultura singela, preciosas manifestações de grandiosidade da alma portuguesa, manifestações estas preservadas com carinho pelo gaúcho e muitíssimas incorporadas ao seu folclore, que tem no açoreta, a base de sua cultura popular de herança.
A abrangência luso-açoriana se relaciona, entre outros assuntos, a temas ligados a comidas, bebidas, lendas, danças, cantos, ditos populares, crendices, regionalidade, hábitos, festas, jogos, diversões, etc.
(Arquitetura)
Entre estes motivos folclóricos portugueses ainda em vigência ou incorporados ao estudo do folclore gaúcho, (alguns hoje ausentes do próprio Arquipélago dos Açores), aqui no Rio Grande do Sul são conhecidos : DANÇAS – Pézinho, Chimarrita, Cana-Verde; CANTOS; TROVA – Tira-teima; CANTIGAS DE TRABALHO e de DESAFIO – Ole-la-rai; MOTIVOS RELIGIOSOS – Velação, Pão-por-Deus, Coberta D`Alma; EX-VOTOS – Pão-de-promessa; FESTA DOS SANTOS – São Gonçalo do Amarante, São Luiz, São Miguel; FESTAS CICLICAS JUNINAS – São João, Santo Antônio, São Pedro; TERNO DE REIS – Natalinos, Folias do Divino; DIVERSÕES EQUESTRES - Cavalhadas; COMIDA – sorda, sarrabulho; BEBIDAS – Jurupinga; ARQUITETURA – Janelas-guilhotinas e sino-saimão; JOGOS RURAIS – carreira de bois; etc., etc.
(São Gonçalo do Amarante)
Haverá, para a presente palestra, projeção de slides pesquisados “in loco” pelo autor, no Arquipélago dos Açores, afora as investigações documentais em diversas regiões do Rio Grande.
(Ilhas)
Para consulta bibliográfica foram tomadas as seguintes obras do palestrante :
- Folclore Gaúcho (1987) – Festas, bailes, música e religiosidade rural
- Folia do Divino (1983)
- Natal Gaúcho e Os Santos Reses (1983)
- Festejos do Ciclo de São João na Tradição Gaúcha (1986)
- Festas Juninas e dos Santos Padroeiros (1980)
- Aspectos da Música e Fonografia Gaúcha (1984)
E em parceria com Barbosa Lessa :
- Manual de Danças Gaúchas
- Aspectos da Sociabilidade Gaúcha
- Danças e Andanças da Tradição Gaúcha
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Cultura não se paga... Se é pago, não é cultura! Entreterimento, no máximo!