...Tio Bilia!
Antônio Soares de Oliveira, o Tio Bilia
foi um compositor e gaiteiro brasileiro.
Nasceu em Serra de Cima, no município de Santo Ângelo (RS). Desde menino teve a vocação pela música, autodidata, consagrou-se como um dos melhores intérpretes da musica regionalista criola. Sua 8 baixos traduzia o estilo guapo da região missioneira.
Começou a tocar aos 10 anos, no interior do atual município de Entre-Ijuís. Aprendeu a dedilhar o instrumento sozinho, ouvindo outros gaiteiros. Apesar de ter se tornado famoso só na década de 1950, Tio Bilia já animava os bailes do interior há muito tempo, pois tocava em bailes desde os quatorze anos de idade.
Teve como incentivadores o Major Maximiano Bogo e Oneide Bertussi. Gravou seu primeiro LP, o "Baile Gaúcho", com Virgilio Pinheiro e seu conjunto. Foi um marco de autenticidade musical do legítimo baile tradicional gaúcho, com melodias criolas, conservadas pelos próprios executantes, característica que preservou em toda a sua obra.
Até os 85 anos, quando morreu, gravou 111 músicas. Gravou seu primeiro LP, o Baile Gaúcho, com Virgilio Pinheiro e seu conjunto.
Foi um autodidata. É bastante reverenciado nas Região das Missões. No bairro Pippi, em Santo Ângelo, uma escultura de três metros de altura foi erguida em sua homenagem.
(Tito Callegaro - Canoas/RS - e Alejandro Brittes - Argentina -
tocando Tio Bilia)
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Cordeona
(Jayme Caetano Braun)
De onde me vem,
Cordeona, o formigueiro
Que sinto na alma,
Ao te escutar floreando?
E essa vontade
De morrer peleando...
Será que um dia
Eu já não fui gaiteiro?
De onde me vem
Esse tropel no pulso,
E esse calor de fogo
Que incendeia?
Por que será
Que fico assim, convulso,
E só de ouvir-te
O sangue corcoveia???
É o atavismo, eu sei,
– Cordeona amiga –
Sem que tu digas,
Sem que ninguém diga...
Parceira guasca
Que nos apaixonas!
E se mil vidas
Deus me desse, um dia,
Uma por uma
Delas, eu daria,
P´ra ter mil funerais
De mil cordeonas!
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Ninguém é tão ignorante que não tenha algo a ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha algo a aprender.
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