Por DIEGO MÜLLER

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Pra ser sincero...


...eu não espero de você...



Pra ser sincero eu não espero de você mais do que educação,
Beijos sem paixão,
crimes sem castigo,
aperto de mãos
Apenas bons amigos...

Pra ser sincero eu não espero que você minta
Não se sinta capaz de enganar
Quem não engana a si mesmo

Nós dois temos os mesmos defeitos
Sabemos tudo a nosso respeito
Somos suspeitos de um crime perfeito,
Mas crimes perfeitos não deixam suspeitos

Pra ser sincero eu não espero de você mais do que educação
Beijos sem paixão,
crimes sem castigo,
Aperto de mãos,
apenas bons amigos...

Pra ser sincero não espero que você me perdoe
Por ter perdido a calma
Por ter vendido a alma ao diabo

Um dia desses, num desses encontros casuais
Talvez a gente se encontre,
Talvez a gente encontre explicação
Um dia desses num desses encontros casuais
Talvez eu diga, minha amiga,
Pra ser sincero... prazer em vê-la
Até mais...

Nós dois temos os mesmos defeitos
Sabemos tudo a nosso respeito
Somos suspeitos de um crime perfeito
Mas crimes perfeitos não deixam suspeitos.


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Humberto Gessinger 

é vocalista, guitarrista e baixista, brasileiro, líder da banda Engenheiros do Hawaii, que atualmente, ao lado do guitarrista Duca Leindecker, está trabalhando em seu novo projeto, Pouca Vogal .

Gessinger, descendente de alemães (da parte paterna) e italianos (da parte materna), já escreveu para colunas em jornais, apesar de não ser profissional da área. Cursou a Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Em 1986 gravou com os Engenheiros do Hawaii seu primeiro disco, Longe Demais das Capitais sendo o único integrante original a permanecer na banda até a "pausa" (em suas palavras), ocorrida em 2008.

É casado com a arquiteta Adriane Sesti, antiga colega de escola e faculdade, e com ela tem uma filha chamada Clara (nascida em 1992). É torcedor fanático do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.

Em 1992, Gessinger compôs para a filha Clara Gessinger (que nasceu naquele mesmo ano) a canção Parabólica, em parceria com o então guitarrista dos Engenheiros do Hawaii, Augusto Licks. A canção foi gravada no disco Gessinger, Licks & Maltz.

Em 1999, o cantor compôs (desta vez, sozinho) para a esposa Adriane Sesti a canção 3x4, gravada no álbum !Tchau Radar!.


Todo mundo tá revendo
O que nunca foi visto
Todo mundo tá comprando
Os mais vendidos
É qualquer nota,
Qualquer notícia
Páginas em branco,
Fotos coloridas
Qualquer nova ,
Qualquer notícia
Qualquer coisa
Que se mova
É um alvo
E ninguém tá salvo...

Todo mundo tá relendo
O que nunca foi lido
Tá na caras
Tá na capa da revista
É qualquer nota,
Uma nota preta
Páginas em branco,
Fotos coloridas
Qualquer rota,
A rotatividade
Qualquer coisa
Que se mova
É um alvo
E ninguém tá salvo
Um disparo
Um estouro

O Papa é Pop,
O Pop não poupa ninguém
O Papa levou um tiro
À queima roupa
O Pop não poupa ninguém
Uma palavra
Na tua camiseta
O planeta na tua cama
Uma palavra escrita a lápis
Eternidades da semana..

Qualquer coisa
Quase nova
Qualquer coisa
Que se mova
É um alvo
E ninguém tá salvo

Toda catedral é populista
É pop
É macumba prá turista
Mas afinal?
O que é Rock'n'roll?
Os óculos do John
Ou o olhar do Paul?

(O papa é pop - Humberto Gessinger)


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Nas grandes cidades, no pequeno dia-a-dia
O medo nos leva tudo, sobretudo a fantasia
Então erguemos muros que nos dão a garantia
De que morreremos cheios de uma vida tão vazia

Nas grandes cidades de um país tão violento
Os muros e as grades nos protegem de quase tudo
Mas o quase tudo quase sempre é quase nada
E nada nos protege de uma vida sem sentido

Um dia super, uma noite super, uma vida superficial
Entre as sombras, entre as sobras da nossa escassez
Um dia super, uma noite super, uma vida superficial
Entre cobras, entre escombros da nossa solidez

Nas grandes cidades de um país tão irreal
Os muros e as grades nos protegem de nosso próprio mal
Levamos uma vida que não nos leva a nada
Levamos muito tempo pra descobrir
Que não é por aí... não é por nada não
Não, não pode ser... é claro que não é, será?

Meninos de rua, delírios de ruínas
Violência nua e crua, verdade clandestina
Delírios de ruína, delitos e delícias
A violência travestida faz seu trottoir
Em armas de brinquedo, medo de brincar
Em anúncios luminosos, lâminas de barbear

(solidez)

Viver assim é um absurdo como outro qualquer
Como tentar o suicídio ou amar uma mulher
Viver assim é um absurdo como outro qualquer
Como lutar pelo poder
Lutar como puder


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(Carlos Galicci)

"Na verdade "nada" é uma palavra esperando tradução..."
(Hmberto Gessinger)

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