Do meu olhar
(Diego Müller)
Meus olhos trago cansado por procurar calmarias
Nas distâncias incessantes assombradas de rebeldia...
Tormentas de ter partidas, ressabiadas de voltar,
Pondo marejos nas horas aos cristais do meu olhar!
Sombras que vigiam rumos, pelo negrume dos rastros,
Adormecendo sorrisos, bombeando horizonte vasto...
Há silêncios nas retinas repovoando o cantar
Num brado de voz calada do facho do meu olhar...!!!
...Dói na alma esta paisagem que o olhar teima em chorar:
Solidão de voz e cisma no anseio de ser “buscar”...
Percurso em céu de lonjura com lumes de bem-querer...
– Um dia, talvez, reencontre o que não busca esquecer!!!
Um olhar de espelho gasto refletindo ao pensamento
Outro olhar – trevas de vida – que buscou nos sentimentos...
...Visão de olhos fechados, num mundo pra o recriar,
Quando o breu puxa os nuances da distância, além do olhar!
Por isso escuto um silêncio que fala só com este olhar:
Se a vida não cruza à porta olhos servem pra buscar...
E a sina é céu e noite, como a luz que é o luar:
Vejo ela pro infinito, porém sem poder tocar...!!!
...Dói na alma este luzeiro que o olhar teima em buscar:
Voz de cisma, em soledades, no anseio de ter chorar...
Lonjura em céu de percurso com um bem-querer de lumes...
– Um dia, talvez, reencontre o que só a saudade assume!!!
O olhar de quem odeia é mais penetrante do que o olhar de quem ama.
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