“Esta es la esencia del gaucho.....no la que presentan con galeras y ropas de estancieros ricos...este es el hombre que era mezcla de indio y de blanco, bravío como la tierra misma, no obedecía a patrones, solo seguía a caudillos por su valentía, por su honorabilidad, no era obsecuente de nadie....y la patria creció así, con ranchos de paja y barro y no con techos de tejas como lo han presentado siempre deformando nuestra identidad....!!!”
(Daniel Rojelio Albornoz - Neuquen, Argentina)
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Espléndida parábola vital de dos siglos...
Salve a humildade... o povo... salve o simples... o folk...
o que vem da terra... de baixo para cima....
...não o que é imposto como gaucho ou crioulo!
Sabemos que gaucho nunca foi algo ostentado em pilares de bronze. Veio do pó, da terra e do barro.... mesclado com gotas de sangue em sua aderencia! O retrato diz o que é realmente o gaúcho... talvez nenhum outro identifique melhor esse simbolismo em nosso contexto de CULTO e CULTIVAÇÃO! Hoje vamos em "rodeios" que nada mais são do que ENTRETENIMENTO, moldados em cima de conflitos (chamados de concursos, para não "pesar" tanto) e de judiação com animais... com propósitos simplesmente de satisfação propria, e nao de crescimento cultural! Entretenimento e cultura sao diferentes! E muito longe um do outro! Lembro inclusive que os aguerridos e valentes que exaltam hoje, em panteões, pinturas e estatuas, foram para as frentes de batalhas, sangrando em colunas febris de guerra, justamente por deixarem em um pequeno pedaço de terra um rancho de adobe, quinchado de santa-fé e sereno, guardando o calor fraterno de uma morena crioula e de um guri - futuro peão trabalhador nas lides simples e, essas sim, heroicas! Pouco que tinham, mas era tudo... um nada e um tanto! Nao se peleava por patria, onde a patria era de ninguem! Nao se peleava por terra, se a terra era de poucos. Nao se peleava por bandeiras, sem saber de quem era essa bandeira. O aguerrimento era por familia e trabalho!
Os mesmos donos de sesmarias (dividias por segurança a uma "patria" de ninguém) e patrimônios enormes de terra (devotados a um "rei-uno"), com riquezas vindas de alguém (e com o sangue de muitos), menosprezavam esse povo simples, estes andarilhos, estes terrenos com cheiro de chão, os chamando de gaúchos, gaudérios, sempre pejorativamente... talvez ancestrais (ou em sangue ou em ideologia) dos que hoje colocam bombachas para uma ação politiqueira de ganhar espaço dentro de uma instituição que se diz dono do gaúcho: mesma instituição que te diz como é para voce se vestir, agir, respeitar e como fazer rodeios (repito: para divertimento apenas). Claro, dá retorno financeiro. Ensinamento? Pouco!!!
Frente de batalha é para os trabalhadores apenas, sejam rurais ou urbanos, lutando apenas por nao serem esplorados. Esses sim são e eram os gauchos. Nao os de bombacha.
Hoje os gauchos vivem em ranchos pobres de vilas, em arrabaldes povoeiros, beirando trilhos e rios... vestindo roupas rotas e muitas vezes doadas por serem velharias dentro de armários e closets de apartamentos, com ou sem sacadas! Vivem em beiras de corregos, talvez sangas transformadas em valões citadinos, margeando cidades empobrecidas por alfalto e o pouco contato com o verde e a terra: mesmo asfalto que aquece a atmosfera e faz a flor morrer antes mesmo de nascer.
Ate os carroceiros, veja bem (o que restou do trabalho carreteiro em nosso estado), estão proibidos de trabalhar no único recurso que os resta de contato com o solo, com o antigo, que nada tem haver com o desumano ou o irracional, ou quem sabe o desonesto. P São coisas de "patria nova"... é por a nossa mesma "pátria" estar crescendo e nao deixar espaço para eles. Não merecem!... Ser patria hoje é ser avançado, ter carro e ar condicionado, usar tenis e ter tempo para se prender a engarrafamentos exorbitantes em uma BR interligando nosso estado. Tudo isso feito pelo progresso. É o progresso. É o progresso? veja bem!!!
Os carroceiros, descendentes de gaúchos, estão sucumbindo com as leis impostas por quem se diz GAUCHO... ostentando uma vestimenta com cheio de naftalina comprada em alguma loja desprovida de cultura, querendo gerar modas sem manter essência alguma, carregando botons em lapelas de coletes e casacos com nomenclaturas diversas, destruindo os que realmente fizeram nosso povo, quem gestou e gerou... quem é realmente gaucho! ...Perdendo e desviando VALORES! Preciosidades!
Viemos dos pés descalços na geada... da mão calejada do arado e da enxada... da boca sugerindo um "Vira ca´alo!"... das calmarias de "Eira bois"!... dos dedos dos pés firmando num estribo de osso... do olhar mirando lonjuras... do amanhecer embebido em erva mate... da humildade de aprender com a natureza... da valentia em querer voltar a seu rancho, vivo... da terra moldando o homem... do trabalho dolorido em troca apenas de pão, e lugar!!!
Gaucho é um estado de espirito sim, porem estado de espirito SIMPLES, e de VALORES - Valores opostos aos cobres!!!
Ser gaucho não é um espirito vivente dentro de uma bombacha, penetrante em um lenço!
São valores antigos e simples, ancestrais... que nos vieram atraves de séculos e gerações, moldados e amadurecidos pela terra, apenas! E quem duvida disso já se mostra anti-gaúcho! ...Lhe ASSEGURO!!!
"Tem gente que de tão pobre possui e quier apenas dinheiro!"...
Desculpa a ofensa, caso sinta-se alguém, mas mentir não se pode! História não é para ferir e sim para ensinar... amadurecer! Há de ser verdadeiro... há muito que ser cultuado e RESPEITADO, isso em todas as forças e manifestações de arte em que vivemos... mas principalmente no modo DE SER DAQUI! Talvez uns sejam do CULTO e outros da VIVENCIA... importante os dois! ...mas em ambos há de existir o respeito, como valor importante de nosso lugar!
Salve o simples, a humildade...
Salve os valores, o folclore,
Salve a terra, e a flor:
SALVE O GAUCHO!!!!!!!!!!!!!!!!
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(Eleodoro Marenco)
“...Seguiemos hoy (...) creyendo que es tarea fundamental ocuparse del gaucho. Porque queríamos, y queremos, una imagen real suya, no un figurón literario o un trozo de carniza disecada por el escalpelo despiadado de un pretendido 'revisionismo' que le considera 'mito' o 'bestia negra'... imagen real para contemplar, estudiar y amar, como ser de nosotros mismos, aunque puedan dolernos los ojos en su contemplación, más que por sus fulgores, tal ves por sus carencias y sus anónimos heroísmos. Buscamos encontrar sustancia cálida y auténtica, ni aserrín, ni polvo de huesos. El alma misma de la nacionalidad. Porque estudiar el gaucho ES COMO PONER LA MANO EN EL PECHO ABIERTO DE LA PATRIA, y palpar, sentir en vivo y caliente, el proprio LATIDO DE SU CORAZÓN!”
(Fernando Assunção - Uruguai)
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"EL GAUCHO es el producto axial de la cultura de la zona litoral, de la que fué epicentro geográfico nuestro actual territorio nacional. No fué, ni pudo ser jamás, el marginal que han pretendido señalar, en llamativa coincidencia, los tecnócratas agraristas, ultras en su teorización mercantilista, y los escribas de la 'intelligentza' marxista-leninista, zurdos de entre casa, con la verborrea clásica del materialismo dialéctico!"
(Fernando Assunção)
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