quinta-feira, 28 de junho de 2012

De laço e armada...


(Francisco Madero Marenco)


Armada...
(Alex Cabral/Diego Müller/Rafael Ferreira)

Se a vida é feita em rodilhas
E empurra a força de braço
Meu ideal é a armada
E o rumo o tirão do laço...

Carrego um jeito de couro
Trançado – de costilhar –
Rondando a volta que trago,
Sossego ao enrodilhar!...
Mas trago as asas prum vôo
Depois que a força me alcança,
Teimando contrário ao vento
Num tiro de toda trança!

Nasci num mundo de campo,
Em meio a pealos e tombos...
Sempre bebi dos serenos
Quando arrastei o meu lombo!...
Judiei da mão desatenta,
Causando injúrias de dor...
Mas me esteiei na presilha
Forjando o bom cinchador!

Pois se me enxergam por manso,
Costeio a ânsia dos touros...
E a fina trança é mais forte,
Que a outra ponta do estouro...
Sempre andarei preso nos tentos,
Dos que me tem por confiança...
– Que o laço busca mais longe
O que a mão nunca alcança!

Meu jeito vem lá de antanho,
Que a história traz empunhada,
Boleando sobre o sombreiro
Na precisão duma armada!...
Sou como a vida em rodilhas...
Sou como o rumo do braço...
Sou a própria alma do couro...
– Sou mais que a força... sou laço!!!


(Diego Müller, Cesar Oliveira, Nielses Santos, Alex Cabral,
Diego Caminha, Rogério Melo e Marcello Caminha)

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Começa hoje, mais uma Ronda de São Pedro, lá o CTG Boi Tatá, no bairro do Passo em São Borja, quase na Barranca do Uruguai e estaremos lá com um tema meu, em parceria com Rodrigo Bauer e o mestre Mário Barbará, sendo interpretada por outro mestre, Marco Aurélio Vasconcelos...
O GAUCHO EM QUATRO ELEMENTOS
Logo mais postareis alguns links de Rádios que venham a transmitir.
Fiquem no aguardo!

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Revejo tipos como ESTE, os quais alias, cresci vendo lá no interior do Alegrete... tenho uma vontade louca de presentear pra esta TURMA DE ARTISTAS do palco de hoje, que mais se fantasiam de "cabanheiros do Prata" que de gauchos do RS.
Quanto ao "pesco prá o grumatã" e os " botes no tirador"
...sem comentarios.
Arte nao se explica!
Grande Abraço!”
Do poeta Gilberto Carvalho


O campo não é assim
(Diego Müller/Sérgio Sodré)

Se foi meus “butiá” dos “bolso”!... me expliquem o que “que” há!...
– Irão chorar mis abuelos?   – O que dirão meus piás?
Andam tantos nos rodeios, mas não o fazem campo a fora?
– Andam de laço chumbado e montando sem espora!

Passam dias pelas pistas treinando pra ter destreza...
– Queria ver esta lida se fosse por pão na mesa!...
Rédeas feias de "matéria, vão cansando os “animal”...
E as pilchas seguindo as normas dos livros da capital!

Não julgo a vida dos outros, nem comento por malino...
– Não condeno os de bombacha atrás de algum boi salino!...
Só quero que meu guri aprenda um outro destino:
Onde o serviço é mais duro do que “capturar bovino”!!!

O meu tempo é o dos antigos, pois um antigo é que eu sou...
Busco hoje, sem encontrar, as lições que o meu pai deixou!...
– Não era moda o meu tempo, olho e penso num futuro
Se divertindo nas custas do que foi trabalho duro!

Só uma espora indicando o lado do boi abrir!...
– Carteirinha pra laçar?  ...Isso é coisa pra eu rir!...
Cena triste esta que vejo duma vaca de metal,
Puxada sobre uma pista sem rodeio... sem chircal!

Que o rodeio que eu conheço tem saleiro e paradouro...
E o laço só sai dos tentos pra cinchar um brasino touro...
...Não tem bandeira ou jurado – quem me julga é o fim do mês!...
...E não mudo as coisas sagradas dessa pátria que me fez!!!

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"O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo."
( Mário Quintana )


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