de Noel Guarany e João Sampaio
O ofício de cantor do campo
Eu trago desde a infância
Atávica circusntância
Daz hereditária etnia
Med alimento de poesia
E perfumo o coração
Com este destino de peão
Ando solito no campo
Proseando com os pirilampos
Cantando pra solidão...
Sempre fui cantor do campo
Com alma de passarinho
Pisando pedras e espinhos
Por planícies e fogões
Com jeito de velhos peões
Me ajoelho no altar pagão
Faço de igreja o galpão
(O mais criollo dos templos)
Sorvendo antigos exemplos
Que engrandeceram este chão!
Quero morrer com esta herança
De centauro e potreador
E a glória de cantador
Que nunca vendeu seu canto
Sempre fui cantor do campo
Pois ele trago na voz
Em nome dos meus avós
Canto esta pampa querida
Com a luz do sopro de vida
Que Deus empresta pra nós!
Carrego o campo no canto
E com léguas de çliberdade
Pedaços dse eternidade
Nesta milonga orelhana
Gritos de pátria y savana
Sobrelombos y cucharras
Sou cruzado com cigarra
E com calhandra missioneira
Que estende a alma campeira
No varal de uma guitarra!
É no compasso da VIGUELA
Que amanuncio emoções
Meus cantos são redomões
Que eu mesmo domo e repasso
Pois este ofício machaço
Me transformou em pirilampo
Cada vez que canto destampo
O céu de um mundo interior
E agradeço ao CRIADOR
Que me fez cantor do campo!!!!!!!!!!!
"Na década de 30 em Buenos Aires a milonga gaúcha era muito lenta e não dava lucro para as multinacionais da indústria fonográfica. Daí os gringos fizeram surgir a milonga comercial,citadina,de ritmo violento."
NOEL GUARANY
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"Cultura é o que fica depois de se esquecer tudo o que foi aprendido!"
(André Maurois)
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