Noel Borges do Canto Fabrício da Silva
Noel Guarany
(Bossoroca, 26 de dezembro de 1941 - Santa Maria, 6 de outubro de 1998)
"Eu não sou cantor mitológico, eu existo. Eu vivo pelas pulperías. Eu não canto no Maracanãzinho por 50 milhões de dólares. Me sobre o puchero, e por ai vou andando — com minhas opiniões, claro! Eu não tenho compromisso com doutores, MTGs, governadores, deputados... Eu estou descrevendo uma realidade nua e crua. Claro que vai doer em alguém, mas vai servir de alento para muitas almas sofredoras que como eu andam por aí vendo essas barbaridades. Eu não quero ser artista, nem coisa nenhuma."
(Noel Guarany)
Perguntem no Rio Grande do Sul por Noel Guarany (1941-1998), autor dessas palavras — proferidas num show realizado no final dos anos 70 , e a resposta, muito provavelmente, virá em tom de reverência. Afinal, estamos falando de um dos maiores nomes da cultura popular do estado, um dos quatro troncos missioneiros.
Cenário da epopéia da primeira república rio-grandense — a Guarani -, berço da história do estado, a área dos Sete Povos das Missões abriga uma tradição combativa e libertária análoga — para citar um exemplo — à de Ouro Preto, em Minas Gerais. Num lugar como noutro, está ainda presente até no ar que se respira o inconformismo diante da derrota de rebeliões contra o colonialismo.
Nascido em Bossoroca — à época distrito de São Luiz Gonzaga -, Noel aprendeu cedo a orgulhar-se desta herança. Este orgulho inscreveria no próprio nome, numa demonstração de sua escolha sobre de que lado iria ficar durante a vida: nascido Noel Borges do Canto Fabrício da Silva, poderia exibir o sobrenome de José Borges do Canto, comandante das tropas portuguesas que conquistaram em definitivo o território missioneiro. Mas preferiu evocar a porção de sangue índio que levava nas veias e chamar-se Noel Guarany.
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Noel Guarany era descendente de italianos e índios guaranis, e nasceu em 26 de dezembro de 1941, na Bossoroca, então um distrito de São Luiz Gonzaga, Rio Grande do Sul.
Na adolescência, aprendeu, de maneira autodidata, o idioma guarani, bem como a compor, tocar e cantar.
Na década de 1960 percorreu diversos países latino-americanos, onde colheu diversos ensinamentos que utilizou como subsídio para criação de suas músicas durante toda a sua futura carreira.
No final da década, apresentou alguns programas radiofônicos nas rádios de Cerro Largo e São Luiz Gonzaga, bem como nas rádios Gaúcha e Guaíba de Porto Alegre, RS.
Em 1970, lançou, em conjunto com Cenair Maicá, com o qual vinha se apresentando pelo Rio Grande do Sul e em festivais na Argentina, um compacto simples, com as músicas Filosofia de Gaudério e Romance do Pala Velho.
No ano seguinte, grava o seu primeiro LP, Legendas Missioneiras, pela gravadora RGE, que traz, entre outras, parcerias com Jayme Caetano Braun, Glênio Fagundes e Aureliano de Figueiredo Pinto. Neste disco, além das músicas constantes do compacto anterior, estão presentes outras pérolas de seu repertório, como Fandango na Fronteira, Gaudério e Eu e o Rio.
Em 1973 sai Destino Missioneiro, pela gravadora Phonogram/Sinter, no qual repete algumas das parcerias do disco anterior, bem como traz composições próprias e de Barbosa Lessa e uma parceria com Aparício Silva Rillo. Neste disco, estão presentes grandes músicas como Destino Missioneiro e Destino de Peão. Nesta época, ainda em tempos da ditadura militar, passa a ser perseguido em alguns shows devido a suas convicções democráticas e libertárias, conforme registra ao vivo nesse álbum.
Seu terceiro LP é Sem Fronteiras, lançado em 1975 pela EMI/Odeon, que está repleto de músicas que acabaram se tornando clássicos do cancioneiro gaúcho, como Romance do Pala Velho, Potro Sem Dono (de Paulo Portela Fagundes), Filosofia de Gaudério, Balseiros do Rio Uruguai (de Barbosa Lessa), Décima do Potro Baio e Chamarrita sem Fronteira (as duas últimas, temas missioneiros recolhidos e adaptados por Noel Guarany), entre outras.
No ano de 1976, Noel Guarany grava em parceria com Jayme Caetano Braun, de maneira independente, o LP Payador, Pampa, Guitarra. Gravado parte na Argentina e parte em São Paulo, o disco conta com a participação de grandes músicos argentinos.
Em 1977 a RGE relança o disco Legendas Missioneiras, de 1971, com o título de Canto da Fronteira.
Em 1978 sai o LP Noel Guarany Canta Aureliano de Figueiredo Pinto, pela RGE, que resgata a obra e a memória de um dos grandes poetas do regionalismo gaúcho.
No ano seguinte, sai o disco De Pulperias, ainda pela gravadora RGE. Constam deste disco as músicas En el rancho y la cambicha, Rio de Los Pajaros e Milonga del peón de campo, de Mario Millan Medina, Anibal Sampayo e Atahualpa Yupanqui, respectivamente.
Em 1980 sai Alma, Garra e Melodia, em que se destacam as músicas Maneco Queixo de Ferro e Índia cruda. Neste mesmo ano ocorre o show no Cinema Glória, na cidade de Santa Maria, que mais tarde, em 2003, viria a se tornar o disco Destino Missioneiro - Show Inédito.
No ano de 1982, é lançado o LP Para o Que Olha Sem Ver, pela RGE, título que remete à música Para el que mira sin ver de autoria do cantor e poeta argentino Atahualpa Yupanqui (presente também na composição Los ejes de mi carreta). Além das citadas, estão presentes as músicas Boi Preto, Na Baixada do Manduca e Adeus Morena, músicas de inspiração folclórica. De se destacar, também, quatro composições de João Sampaio.
Neste ponto, Noel Guarany, já com os primeiros sintomas da doença, começou a afastar-se dos palcos, e acabou redigindo uma carta aberta à imprensa, na qual reclama do tratamento recebido pela gravadora.
Em 1985 retira-se definitivamente dos palcos, em cumprimento ao prometido na carta de 1983.
No ano de 1988, em conjunto com Jorge Guedes e João Máximo, lança o disco A Volta do Missioneiro. E a posterior, juntamente com Pedro Ortaça, Cenair Maicá e Jayme caetano Braun, lançam Troncos Missioneiros.
Nos próximos 10 anos, o grande gaúcho, cada vez mais debilitado por uma doença degenerativa no cérebro, permaneceu recolhido em seu sítio na localidade de Vila Santos, no município de Santa Maria.
Morreu no dia 6 de outubro de 1998, na Casa de Saúde de Santa Maria, tendo sido enterrado em Bossoroca, sua terra natal.
PEREGRINO DOS CAMINHOS
Ainda adolescente, aprendeu, sem professor, o idioma guarani e o manejo do violão. "Eu saía a percorrer estância por estância. Nessa época não havia televisão, apenas alguns rádios e tal era a alegria do povo, com a minha chegada, que logo carneavam uma vaca e largavam um "próprio" (mensageiro) à vizinhança, avisar que eu havia chegado, que viessem conhecer o violonista e já estava formado o baile. Aí eu amanhecia tocando para o povo dançar" — recorda em um depoimento reproduzido no sitio que o professor Cláudio Augusto Probst organizou em sua homenagem (www.probst.pro.br). Nesta época, no entanto, "não estava ainda definida a música missioneira", como salienta Noel no mesmo depoimento.
Aos 19 anos, foi servir o Exército no 3º Regimento de Cavalaria, em São Luiz Gonzaga. Ali, presenciou a conduta desonrada de altos oficiais, o que foi para ele um choque. "Não podia acreditar que militares graduados também roubassem. Aprendi mais tarde que o roubo e a corrupção foram os maiores amigos das ditaduras militares" — recordaria já maduro.
A decisão de abandonar a caserna foi capital para que Noel Fabrício pudesse se tornar Noel Guarany. Uma vez concretizada, ele cruzou a fronteira da Argentina. Radicou-se na província de Corrientes, onde trabalhou como lenhador e balseiro. Durante a década de 1960, andou pela também província de Misiones, assim como pelo Paraguai, Uruguai, Mato Grosso e Bolívia. Peregrino dos caminhos / no rumo dos horizontes,/ matando a sede da terra,/ vivendo a sede de andar, cantaria depois em Eu e o Rio, composta em parceria com Glênio Fagundes.
Convivendo e compartilhando o duro cotidiano com a gente simples do povo de todos esses lugares (ervateiros, balseiros, índios), Noel observou sua linguagem, sua musicalidade e suas formas de expressão. Retratou a vida dessas pessoas em canções como Lavadeira do Uruguai, composta em parceria com João Sampaio da Silva:
Ajoelhada junto ao rio,
a cantar com a correnteza,
lavando suores profanos
dos ricos da redondeza,
vê o lombo do dourado
que falta na sua mesa.
"CANTAR MINHA TERRA"
"Parecia-me um castigo quando nos rancherios mais humildes, fosse do país que fosse, com olhar sincero de patriotismo, um campesino, mesmo abandonado, pelos governos e instituições, dizia ao empunhar qualquer instrumento: "vou cantar uma canção de minha terra" — recordaria, lembrando o contraste entre os níveis de consciência nos países vizinhos e no Brasil. "Era um verdadeiro absurdo falar em arte missioneira naquela época" — diz em outra entrevista reproduzida no sitio de Probst, em que afirma, sem nenhuma modéstia, mas de posse da verdade, que teve que incutir na cabeça de intelectuais este conceito.
Naquele tempo, a identidade cultural riograndense encontrava-se em processo de reformulação, mercê da crise e das mudanças estruturais por que passava o estado. A partir da década de 40, deflagrou-se um movimento espontâneo de valorização do "ser gaúcho", mas tendo como paradigma o homem da Fronteira Sudoeste.
Na música, a confusão era ainda maior: o que fazia sucesso no estado e era apresentado como "gaúcho", nos anos 50 e 60, era a produção de artistas como Teixeirinha e os irmãos Bertussi, água com açúcar na forma e no conteúdo, "totalmente inautêntica" na definição do próprio Noel. Além disso — recordou -, crescia o poder da indústria fonográfica originária do USA e sediada no Rio e em São Paulo, "o rádio vivia a martelar alienações desleais ao povo sul-americano". Contra esta situação, Noel Guarany insurgiu-se, erguendo aquela que, desde o retorno ao Brasil, soube sem sombra de dúvidas que seria sua bandeira: "cantar a minha terra", em suas próprias palavras.
O resgate e redefinição da identidade missioneira a partir dos anos 60 é um dos episódios mais interessantes da cultura brasileira, não apenas por sua importância mas pela forma como se deu: espontaneamente, desde o seio do povo e totalmente à margem dos âmbitos letrados. Imprensa e universidade só vieram a dar-se conta de fenômeno depois que ele já havia ocorrido. Seus artífices foram artistas populares dotados de consciência, como Noel e seus parceiros — todos homens de sólida cultura, mas todos autodidatas.
PAMPA SEM FRONTEIRAS
Enquanto os primeiros pretendem que a lusofonia seja elemento definidor do ser gaúcho e denunciam como alienígena tudo o que venha da Argentina ou do Uruguai, os segundos falam em "três pátrias gaúchas" (Brasil, Argentina e Uruguai) ou "quatro pátrias missioneiras" (que inclui o Paraguai). A castelhanofobia é mais forte na fronteira do Uruguai, cuja história é marcada pelo enfrentamento militar com os países platinos; o pan-gauchismo predomina entre os missioneiros, que surgem da luta dos índios guaranis, primeiro contra os portugueses e logo contra os espanhóis — e também da mistura com ambos.
A castelhanofobia não apenas é intrinsecamente reacionária em virtude de sua pretensão de congelar a história e a cultura; a escolha da imagem do homem da fronteira sudoeste como paradigma do gaúcho liga-se frequentemente à glorificação do latifúndio. Já o pan-gauchismo é geralmente progressista. Primeiro, por preconizar a união e a solidariedade entre povos irmãos, formando um (ou uma, já que em espanhol a palavra é feminina) pampa sem fronteiras. E segundo porque, principalmente em sua versão missioneira, não compartilha a exaltação da grande propriedade rural. Muito pelo contrário: a destruição das Missões pelos portugueses significou a destruição do sistema de produção coletiva dos índios e sua transformação em párias sem terra, trauma histórico que ainda persiste. Noel colocaria sua voz a serviço deste sentimento em Precedência:
Talvez, paisano, o meu verso
em muito te desagrade.
É que a tua propriedade,
as Sesmarias D'el Rey",
meus bisavós não venderam,
são terras que nunca dei.
O que Jayme Caetano Braun fez na poesia, com versos em espanhol e tratando de temas da história e da cultura da Argentina e do Uruguai (ver AND 27), Noel fez na música ao trazer para cá ritmos que ouviu na Argentina e no Paraguai. Tinha enorme admiração por músicos dos países vizinhos, como Atahualpa Yupanqui, Antonio Tarragó Ros e Mario Millán Medina. Sua visão da identidade gaúcha não cabia na estreiteza dos burocratas: definia-se como gaúcho e paralelamente como missioneiro, como brasileiro e também como latino-americano. Em Defeito, sintetizaria esta pluralidade:
Regionalismo não falo,
só em termos continentinos:
de oceano prá oceano,
do Caribe ao Muro Andino,
meu povo só tem fronteiras
marcadas pelo destino.
POPULAR AUTÊNTICO
Conta-se (ninguém sabe se é verdade ou lenda) que um dirigente do MTG, ao visitar o galpão crioulo que Noel mantinha em Itaqui, pediu para falar com o patrão, ao que o cantor teria respondido: "Aqui não tem patrão, e se tiver, eu mato". No entanto, eram boas suas relações com um dos fundadores do movimento, Barbosa Lessa, de quem musicou poemas. É de Lessa a melhor definição de Noel Guarany, escrita na capa do disco Destino Missioneiro, de 1973: "autêntico como cantor e como gente".
Justamente por essa rara autenticidade, viria a desentender-se — sempre com razão — com muita gente. Por exemplo, com a indústria fonográfica monopolista. Rompeu publicamente com as gravadoras RCA, RGE e EMI, que negligenciavam a divulgação de seus discos e não lhe repassavam o dinheiro referente aos direitos autorais, além de não adotarem os cuidados técnicos necessários, por exemplo na prensagem dos LPs. Vários de seus discos foram lançados por selos independentes — caso dePayador, Pampa, Guitarra gravado em parceria com Jayme Caetano Braun e lançado em 1976, um divisor de águas na música riograndense.
Eram igualmente péssimas suas relações com os burocratas da Ordem dos Músicos, que chegou a fustigar publicamente em suas apresentações.
Quem viu Noel Guarany no palco, aliás, conta que o que ele dizia no intervalo entre uma música e outra era um caso à parte: abria a boca para falar de tudo que estava errado. Frequentemente desancava a gerência militar, levando ao êxtase a platéia — muitas vezes composta por estudantes para os quais cantava sem cobrar. Milico na minha frente/ não passa sem ser notado, cantou em Chamarrita de Galpão.
Há uma gravação de um show realizado em 1979, no CD Destino Missioneiro, que recupera alguns desses momentos. Entre uma música e outra, Noel diz, por exemplo:
Eu tentei me solidarizar com os grevistas (refere-se a uma greve de metalúrgicos), tal como fiz aqui com os bancários, mas lembrei que aqui ainda eu consigo alguma coisa e que em São Paulo ou Rio de Janeiro eu sou visado. Chico Buarque quis cantar, não deixaram. E eu, pior ainda, porque eles pensam que o gaúcho é mais valente que os outros.
O aspecto propriamente musical de suas apresentações não era menos autêntico. Noel apresentava-se munido apenas da voz forte e do violão que sabia tocar magistralmente. Gostava de dizer que a música gaúcha começou a decair depois da introdução do primeiro instrumento alienígena: a gaita 3. Era, evidentemente, uma hipérbole: em Payador, Pampa, Guitarra deixou-se acompanhar pelo bandoneón de Raulito Barbosa.
VIDA BREVE
A carreira de Noel Guarany durou pouco. Mas os três lustros transcorridos de 1970 — quando venceu o VII Festival do Folclore Correntino ao lado de Cenair Maicá com a música Fandango na Fronteira em Santo Tomé, na Argentina — 1985 — quando deixou os palcos em protesto contra o tratamento dispensado pelas grandes gravadoras e pelo poder público à classe dos artistas -, foram suficientes para que ele mudasse para sempre a história da música no Rio Grande do Sul.
Ainda ensaiaria um retorno em 1988, com o lançamento dos discos A Volta do Missioneiro e Troncos Missioneiros, este com Jayme, Cenair e Pedro Ortaça, e algumas apresentações. Mas uma doença degenerativa do sistema nervoso já o consumia de maneira irreversível. Passou os últimos anos recolhido em sua casa, em Santa Maria, muito debilitado e com alguns poucos lampejos de lucidez.
Em abril de 1994, o jornal O Desgarrado, de Santa Cruz do Sul, foi visitá-lo. Foi a última vez que recebeu a imprensa antes passar à eternidade, o que ocorreria quatro anos depois. Já não conseguia articular idéias e responder às perguntas. Em sua memória, só restava nítida a lembrança dos amigos: Cenair, Jayme, Ortaça, Atahualpa Yupanqui e o uruguaio Aníbal Sampayo — e de como, em suas próprias palavras, "gostava de ser cantor".
Discografia
Compactos
1970 - Filosofia de Gaudério (com Cenair Maicá)
1971 - Legendas Missioneiras
1973 - Destino Missioneiro
1975 - Sem Fronteiras
1976 - Payador, Pampa, Guitarra (com Jayme Caetano Braun)
1977 - Canto da Fronteira
1979 - De Pulperias
1980 - Alma, Garra e Melodia
1982 - Para o Que Olha Sem Ver
2003 - Destino Missioneiro - Show Inédito
Com licença,meus senhores vai cantar um missioneiro com manhas de literato e o tino de bom fronteiro... Total, não há melhor sorte do que nascer guitarreiro. Me desculpem meus senhores esta audácia missioneira, se o ventre da minha guitarra fecunda notas campeiras... Total,cantava sozinho pras estrelas caminheiras. Me perdoem meus senhores meu saber pequenininho, a pampa,apesar de grande, me ensinou a viver sozinho... Se a pampa por entre flores tem tacurú nos caminhos. Me faço de chancho rengo no meio da sociedade, já não sofro mais com os outros hoje entndo a humanidade... Total,por ser guitarreiro aprendi barbaridade. Com licença, meus senhores, vou terminando a payada, cantando sou perigoso porque a verdade me agrada...
E é melhor ser guitarreiro do que ser pouco ou ser nada!
E é melhor ser guitarreiro do que ser pouco ou ser nada!
(Noel Guarany - Total)
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" Um payador que se preza mesmo rodando não cai, recorre a vida cantando aos pés do Eterno Pai, e depois volta de novo, cantar pra o povo e se vai! "
(Noel Guarany)
parabens!!!!
ResponderExcluirlindo trabalho de resgate !
Grande noel guarany o maior guitarreiro da nossa querencia, parabéns por este rico documentário.
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