terça-feira, 14 de junho de 2011

Rivotrill...

...Curva de vento!


“Fazer música instrumental com bom humor e qualidade”. Este é o mote principal que norteia a concepção musical do Rivotrill. Em dois anos e meio, o grupo, formado por Eluizo Júnior (flauta, saxofone e teclados), Rafael Duarte (contrabaixo) e Lucas dos Prazeres (percussão), vem mostrando que esse intento está sendo cumprido a risca. Além disso, apesar do pouco tempo de formação, o trio vem solidificando seu nome como um dos mais inteligentes e talentosos projetos em música instrumental do nosso país, o que contribui para que 
essa trajetória seja longa e intensamente produtiva.

(Chuva verde)

CD Curva de vento


curva de vento – o disco Com algumas excelentes participações em importantes eventos musicais como o RecBeat (que faz parte da programação “alternativa” do carnaval recifense), o XVII Festival de Inverno de Garanhuns, o Festival de Música Instrumental de Guarulhos e a Feira da Música de Fortaleza, o Rivotrill foi conquistando respeito da crítica especializada e consolidando cada vez mais o seu trabalho como uma grande e feliz novidade no cenário da música instrumental contemporânea. No esteio disso, e tendo como suporte o respaldo positivo que começara a ganhar a partir de então, o grupo cai em campo para registrar oficialmente suas composições. E, com o apoio da Chesf, o Rivotrill lança para o grande público Curva de Vento, seu primeiro álbum, que tem a direção musical co-assinada por Yuri Queiroga. Porém, Curva de Vento não é só, e nem simplesmente, o primeiro álbum do Rivotrill. Ele surge também como uma extensão a mais das possibilidades de experimentação do grupo. A começar pelo próprio processo de gravação, não muito convencional. Em março de 2007, a equipe formada pelos três músicos e mais toda a produção técnica e artística se aloja numa casa, que foi escolhida para ser o estúdio de gravação do disco. A idéia era fazer tudo à sua maneira, com liberdade de criação suficiente e que pudesse dar vazão ao turbilhão de idéias e mirabolâncias que essa turma se propunha a partir de então. Para conseguir imprimir ao disco a quantidade de nuances e timbres dos quais o Rivotrill lança mão, e também para se manter fiel aos sons originalmente por eles criados, microfones foram espalhados por todos os cantos da casa. E todos os cômodos, com a sua acústica peculiar, serviram para captar os sons de forma diferenciada e característica. Contrabaixo ligado na área de serviço, pandeiros embaixo de escadas, flautas captadas no banheiro e até mesmo um djembê gravado dentro de uma cisterna. Tudo cuidadosamente registrado, com seus efeitos sonoros naturais, com suas ambiências distintas, a fim de fazer chegar até quem ouve a exata textura e profundidade de cada instrumento, criando um arsenal de sonoridades diferentes em cada música. Além disso, toda e qualquer coisa que fosse musicalmente estimulante serviu como instrumento para compor a malha sonora criada pelo Rivotrill. Apitos, panelas, pratos, sons de cigarras em fim de tarde, chuva, saquinhos de risada de brinquedo. Nada passou despercebido pelos músicos. Tudo está ali, presente. E estão também presentes no disco o carnaval, o folclore, um passeio por Cuba dentro de Pernambuco, lendas, histórias, florestas, duendes, a natureza, respirações. Curva de Vento é um passeio por diferentes territórios e concepções. Momentos por vezes áridos, por vezes intensamente verdes, delineados hora por um ritmo frenético, hora por uma cadência delicada e emotiva. Além disso, o disco conta com a participação de vários convidados, que dão um requinte todo especial ao trabalho. Naná Vasconcelos, Maestro Spok, Renata Rosa e Fabinho Costa, além do próprio Yuri Queiroga, compõem o time que participa de Curva de Vento. Neste seu álbum de estréia, o grupo traz um trabalho inovador no que diz respeito à concepção de música instrumental, de grande inspiração, criatividade e qualidade. O resultado só vem confirmar o potencial do Rivotrill e de seu som como algo denso e carregado de originalidade, capaz de despertar um olhar diferenciado sobre a música. 

(Por Leonardo Villanova - Jornalista e músico)

(Karaí)



(Groovetube)

Junior Crato | Flauta
Lucas dos Prazeres | Percussão
Rafa Duarte | Contra-baixo


O trio vem mostrando criatividade e inovação em suas composições, além de solidificar seu nome como um dos mais inteligentes e talentosos projetos em música instrumental do nosso país, o que contribui para que essa trajetória seja longa e intensamente produtiva.

Vigor e suavidade são traços que se complementam e se harmonizam em performances de tirar o fôlego de qualquer platéia!

sunset.assessoria@gmail.com

http://myspace.com/bandarivotrill


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"Como pode alguém sonhar o que é impossível saber? Não te dizer o que penso já é pensar em dizer. E isso, eu vi, o vento leva. Não sei, mas sinto que é como sonhar, que o esforço pra lembrar é à vontade de esquecer... E como será? O vento vai dizer, lento o que virá. Que leve, então!"

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